INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 13/2015

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 13/2015

Pressurização de escada de segurança

SUMÁRIO

  1. Objetivo
  2. Aplicação
  3. Referências normativas e bibliográficas
  4. Definições
  5. Procedimentos

ANEXOS

1 OBJETIVO

voltar

1.1 Estabelecer os requisitos mínimos necessários para o dimensionamento
da pressurização de escadas de seguran- ça em edificações.

1.2 Manter as escadas de emergência livres da fumaça, de modo a permitir
a fuga dos ocupantes de uma edificação no caso de incêndio. Esse sistema também
pode ser acionado em qualquer caso de necessidade de abandono da edificação.

2 APLICAÇÃO

voltar

Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as edificações descritas no
Anexo B.

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

voltar

NBR 9050 – que trata da adequação das edificações e do imobiliário urbano
à pessoa deficiente – Procedimento.

NBR 9077 – Saídas de emergência em edifícios.

NBR 10898 – Sistemas de iluminação de emergência.

NBR 11742 – Porta corta-fogo para saída de emergência.

NBR 13768 – Acessórios destinados à porta corta-fogo para saída de emergência
– requisitos.

NBR 14880 – Saídas de emergência em edifícios – Escada de Segurança – Controle
de fumaça por pressurização.

NBR 16401 – Instalações de ar-condicionado – Sistemas centrais e unitários.

NBR 17240 – Sistemas de detecção e alarme de incêndio BS-5588-4 (British
Standards Institution) – Pressurização de escadas de segurança.

ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers)
Handbook – Normas ASNI / ASHRAE 51.

HVAC (Heating, Ventilating, and Air-Conditioning, and Refrigeration) Publications
– Recomendação Técnica DW/143 da Heating and Ventilation Contractors’ Association
(HVAC).

SMACNA (Sheet Metal and Air Conditioning Contractors’National Association)
Publications HVAC Duct Construction – Metal and Flexible.

HVAC System Duct Design; HVAC Air Duct Leakage Test Manual.

AMCA (Air Movement and Control Association International, Inc.) – AMCA 203,
pela literatura Field Performance Measurement of Fan System; AMCA-210 e o Manual
da AMCA “Fans and Systems” – publicação 201-90 – “O fator do efeito do sistema”
(System Effect Factor) e suas tabelas.

Norma ISO 6944 – Fire Resistance Tests – Ventilation Ducts ou similar.

4 DEFINIÇÕES

voltar

Para os efeitos desta Instrução Técnica aplicam-se as defini- ções constantes
da IT 03/11 – Terminologia de segurança contra incêndio.

5 PROCEDIMENTOS

voltar

5.1 Conceitos básicos do sistema de pressurização

5.1.1 Princípio geral da pressurização

a. considera-se um espaço pressurizado quando este
receber um suprimento contínuo de ar que possibilite manter um diferencial de
pressão entre este espaço e os adjacentes, preservando-se um fluxo de ar através
de uma ou várias trajetórias de escape que conduzem o ar para o exterior da
edificação;

b. para a finalidade prevista nesta IT, o diferencial
de pressão deve ser mantido em nível adequado para impedir a entrada de fumaça
no interior da escada;

c. o método estabelecido nesta IT também se aplica
às escadas de segurança com pavimentos abaixo do piso de descarga.

5.1.2 Pressurização de 1 ou 2 estágios

O sistema de pressurização pode ser projetado de duas formas:

5.1.2.1 Sistema de 1 estágio: para operar somente em situação de emergência;

5.1.2.2 Sistema de 2 estágios: incorporar um nível baixo de pressurização,
para funcionamento contínuo, com previsão para um nível maior de pressurização
que entra em funcionamento em uma situação de emergência.

5.1.2.3 Recomenda-se dar preferência para a opção do sistema de 2 estágios,
para que se mantenha um nível mínimo de proteção em permanente operação, bem
como propiciar a renovação de ar no volume da escada.

5.1.3 Elementos básicos de um sistema de pressurização

São elementos básicos de um sistema de pressurização:

a. sistema de acionamento e alarme;

b. ar externo suprido mecanicamente;

c. trajetória de escape do ar;

d. fonte de energia garantida.

5.1.4 Unidades adotadas

Toda e qualquer proposta de sistema de pressurização deve seguir os critérios
de apresentação e desenvolvimento de acordo com o estabelecido abaixo:

Vazão ( Q ) = m3/s

Velocidade ( V ) = m/s

Área ( A ) = m2

Pressão ( P ) = Pa ( Pascal ), ou mmH O (milímetro
de coluna d’água)

Potência = CV (Cavalo Vapor) ou HP (Horse Power)

Temperatura em graus Celsius = ºC

Altura da edificação (h) = m

5.1.5 Níveis de pressurização adotados

5.1.5.1 O nível de pressurização utilizado para fins de projeto não deve
ser menor que o apresentado na Tabela 1 do Anexo A desta IT e não deve ultrapassar
o limite de 60 Pa, considerando-se todas as PCF (portas corta-fogo) de acesso
à escada, na condição fechadas.

5.1.5.2 Os edifícios utilizados por crianças, idosos e ou pessoas incapacitadas
precisam de considerações especiais, a fim de assegurar que as PCF possam ser
abertas, apesar da força criada pelo diferencial de pressão.

5.1.5.3 Para obtenção dos níveis de pressurização, no interior dos espaços
pressurizados, na determinação da capacidade de vazão e pressão dos motoventiladores,
devem ser avaliadas as perdas de carga localizadas em todos os componentes de
captação e distribuição do sistema (dutos, venezianas, grelhas, joelhos, dampers,
saídas dos motoventiladores, rugosidades das superfícies internas dos dutos
etc.) que devem constar de memorial de cálculo, atendendo as seguintes condições:

a. desenvolvimento do cálculo do suprimento de ar
necessário considerando as duas situações previstas no item 5.1.6 abaixo: escape
de ar com todas as portas do espaço pressurizado na condição fechadas (equação
2); e escape de ar considerando as portas na condição abertas, conforme a quantidade
estipulada no Anexo B desta IT (equação 3);

b. desenvolvimento do cálculo das perdas de carga
ao longo da rede de captação e distribuição ar, considerando todas as singularidades.
Deve constar também a velocidade do fluxo de ar em todos os trechos e acessórios,
que devem estar dentro dos limites estipulados nesta IT. Tabelas e ábacos de
fabricantes de acessórios podem ser considerados para determinação das perdas
de carga de singularidades, a partir da velocidade e vazão;

c. a velocidade do fluxo de ar em todo o trecho de
captação deve ser de, no máximo, 8 m/s e, no trecho de distribuição: máximo
de 10 m/s quando o duto for construído em alvenaria ou gesso acartonado e de
15 m/s quando o duto for construído em chapa metálica. No dimensionamento, adotar
parâmetros do manual da ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and
Air-Conditioning Engineers), podendo ser aceitas velocidades diferentes, quando
se tratar de edificação existente, desde que não haja possibilidade técnica
de adequação, devidamente justificada.

5.1.6 Suprimento de ar necessário

5.1.6.1 Cálculo do suprimento de ar

Para determinação do primeiro valor de suprimento de ar necessário para obtenção
de um diferencial de pressão entre o ambiente a ser pressurizado e os ambientes
contíguos, devese adotar a equação 1. Essa equação depende diretamente da área
de restrição e do diferencial de pressão entre os ambientes contíguos. A área
de restrição é determinada pelo escape de ar para fora do espaço a ser pressurizado,
quando o ar passa, por exemplo, pelas frestas ao redor de uma PCF. O diferencial
de pressão é o mínimo estabelecido na Tabela 1 do Anexo A desta IT, ou seja,
50 Pa.

Equação 1:

Q = 0,827 x A x (P) (1/N)

Onde:

Q é o fluxo de ar (m3/s)

A é a área de restrição (m2)

P é o diferencial de pressão (Pa)

N é um índice que varia de 1 a 2

No caso de frestas em torno de uma PCF, N = 2

No caso de frestas em vãos estreitos, tais como frestas
em torno de janelas, N = 1,6

Vazão de ar (condição padrão de ar com densidade
de 1,204 kg/m3).

5.1.6.2 Trajetórias de escape em série e paralelo

a. na trajetória de escape do ar para fora de um
espaço pressurizado, podem existir elementos de restrição posicionados em paralelo,
tal como ilustrado na Figura 1, ou em série, como apresentado na Figura 2, ou
ainda uma combinação desses.

Figura 1: Trajetórias de escape do ar em paralelo

Figura 1: Trajetórias de escape do ar em paralelo

b. no caso de trajetórias de escape do ar em paralelo,
com as portas do ambiente conforme Figura 1 acima, a área total de escape é
determinada pela simples soma de todas as áreas de escape envolvidas, então:

Equação 2:

equacao-2.png

Figura 2: Trajetórias de escape do ar em série

Figura 2: Trajetórias de escape do ar em série

c. no caso das portas em série, como a PCF da escada
e a PCF da antecâmara não ventilada a ela associada, como demonstrado na Figura
2 acima, temos:

Equação 3:

Equação 3

d. o escape total e efetivo de uma combinação de
trajetórias de escape do ar em série e em paralelo, pode ser obtido combinando
sucessivamente grupos simples de escape isolados (PCF da escada e da antecâmara
pressurizada do mesmo pavimento), com os outros equivalentes (PCF em paralelo).

5.1.6.3 Áreas de escape a partir de uma escada pressurizada.

De maneira geral, o escape de ar a partir de uma escada ocorre:

a. por meio das frestas em torno das PCF (quando
essas estiverem fechadas), devendo ser adotados os valores constantes da Tabela
2 do Anexo A desta IT;

b. por meio do vão de luz das PCF consideradas na
condição abertas, na quantidade estipulada na Tabela do Anexo B desta IT, somadas
às perdas pelas frestas das demais PCF consideradas na condição fechadas;

c. por meio das frestas no entorno de portas de elevadores
e janelas existentes no espaço pressurizado.

5.1.6.4 Portas corta-fogo abertas e outras aberturas

a. para ser eficaz, a escada de emergência deve ter
seus acessos protegidos por PCF, sendo inevitável que estas sejam abertas ocasionalmente.
A pressurização projetada não pode ser mantida, se houver grande abertura entre
a área pressurizada e os espaços adjacentes;

b. caso haja uma abertura permanente (uma janela
dentro da caixa de escada, por exemplo), deve ser considerada a introdução de
vazão de ar suficiente para se obter uma velocidade média do ar, através desta
abertura, de 4 m/s;

c. a abertura intermitente das PCF, quando do abandono
da edificação, produz, momentaneamente, uma perda de pressão no interior da
escada. Nesta situa- ção, a vazão de ar determinada pela Equação 1 deve ser
avaliada para que seja obtida uma condição satisfatória para minimizar a infiltração
de fumaça no interior da escada nesta situação, devendo possibilitar a manutenção
de uma velocidade de ar mínima de 1,0 m/s saindo através das PCF consideradas
na condição abertas;

d. os critérios para verificação da velocidade do
ar a que se referem os itens seguintes são os estipulados no item 5.1.6.5, adiante;

e. o número de PCF, na condição abertas, a ser utilizado
nos cálculos, depende do tipo de edificação, considerando-se o número de ocupantes
e as dificuldades encontradas para o abandono, devendo obedecer aos critérios
estipulados no Anexo B, desta IT;

f. uma PCF considerada na condição aberta (em rela-
ção ao estabelecido no Anexo B, desta IT) deve ser acrescentada no cálculo do
suprimento de ar do sistema de pressurização, em edificações de escritório até
21 m de altura onde existem locais de reunião de pú- blico, com capacidade para
50 ou mais pessoas (tais como auditórios, refeitórios, salas de exposição e
assemelhados). Esse critério deve ser desconsiderado quando o local de reunião
de público estiver no piso de descarga (térreo ou nível com saída direta para
o exterior) ou em mezaninos do piso térreo com acessos através de escadas exclusivas,
de tal modo que a escada pressurizada não seja utilizada como rota predominante
de saída de emergência para esse público;

g. devem ser considerados os vãos e frestas reais
de todas as PCF da caixa da escada pressurizada, conforme especificado abaixo,
na quantidade estipulada no Anexo B desta IT:

1) PCF simples, quando todos
os acessos à escada pressurizada ocorrer apenas através de PCF simples;

2) PCF duplas, quando a quantidade
de PCF duplas instaladas for igual ou superior à quantidade de PCF abertas –
critério esse estipulado no Anexo B desta IT, para efeito de dimensionamento
de escapes de ar por meio de PCF na condição abertas;

3) PCF duplas e PCF simples
na mesma caixa de escada, quando a quantidade de PCF duplas for inferior à quantidade
de PCF consideradas na condi- ção abertas (conforme critério estipulado no Anexo
B desta IT, para efeito de dimensionamento de escapes de ar por meio de PCF
na condição abertas) devem ser consideradas todas as PCF duplas e, na quantidade
devida, complementar com PCF simples. Neste caso, cada PCF dupla deve ser computada
como uma PCF aberta e não como duas, embora devam ser somados o vão de luz real
de cada PCF dupla e simples consideradas.

h. em edificações existentes é comum o uso da pressurização
de um amplo hall e o uso da PCF no acesso às unidades residenciais ou unidades
de escritório etc., como estabelecido na figura 1 do item 5.1.6.2. Nesses casos,
o número de PCF duplas ou simples calculadas (respeitando-se suas áreas), deve
ser de 4 para edificações com até 60 m de altura, sendo que acima desse valor
é exigido o cálculo de 5 PCF abertas.

Obs.:

O número máximo de PCF por pavimento em contato com esse ambiente pressurizado
deve ser de 4 PCF simples. Características diferentes devem ser avaliadas em
Comissão Técnica do CBPMESP.

Nota:

A vazão total requerida para o sistema de pressurização de escadas deve ser
calculada pela equação abaixo:

Equação 4:

Equação 4

Onde:

Qt = vazão total requerida do sistema de pressurização;

Qft = vazão total das frestas com todas as portas fechadas (m³/s) conforme
Equação 1;

Qa = vazamento de ar através das portas consideradas na condição abertas
somadas às frestas das demais portas, na condição fechadas (m³/s), com velocidade
1 m/s.

Obs.:

Em todos os casos, levar em consideração a condição padrão do ar.

5.1.6.5 Estimativa da velocidade de saída do ar através da PCF aberta

a. na prática, a velocidade de saída do ar deve ser
obtida dividindo-se a vazão de ar de suprimento (Equação 1) pela área de abertura
total;

b. a área de abertura total deve ser calculada somandose
as áreas das PCF consideradas abertas (ver Anexo B, desta IT) e as frestas das
demais PCF previstas na escada, na condição fechadas;

c. quando a velocidade obtida no cálculo especificado
no item “a” acima for inferior ao parâmetro mínimo estabelecido, a vazão de
ar deve ser aumentada até que seja alcançado o valor requerido (1 m/s);

d. sobre o valor de vazão de ar obtido conforme itens
“a” ou “c” acima, devem ser aplicados os fatores de vazamentos em dutos e de
vazamentos não identificados, conforme item 5.1.6.6;

e. para atender a todas as hipóteses de escapes de
ar e de vazamentos não identificados, contidos nesta IT, invariavelmente a escada
pressurizada deve ser provida de dispositivos que impeçam que a pressão no seu
interior eleve-se acima de 60 Pa, devido ao excesso de ar que pode ser necessário.

5.1.6.6 Vazamentos em dutos e vazamentos não identificados

Para se determinar a vazão de ar total requerida, após o desenvolvimento
da equação 4, constante do item anterior, acrescentar ao resultado final, conforme
equação 5, abaixo, os fatores de vazamentos de ar em dutos e de vazamentos não
identificados:

a. acrescentar 15% para vazamentos em dutos metálicos
ou 25% para dutos construídos em alvenaria ou mistos, sendo que esses valores
porcentuais devem ser considerados independentemente do comprimento dos dutos;

b. acrescentar 25% – para atender à hipótese de vazamentos
não identificados:

Qt = Qt + 15% (vazamentos em dutos metálicos) + 25%
(vazamentos não identificados);

ou

Qts = Qt + 25% (vazamentos em dutos de alvenaria
ou mistos) + 25% (vazamentos não identificados);

Onde:

Qt = vazão total requerica do sistema de pressurização
(m³/s) conforme equação 4, levando-se em consideração a condição padrão do ar;

Qt = vazão total requerida do sistema de pressurização
(m³/s), conforme equação 4 acrescida dos fatores de segurança, levando-se em
consideração a condição padrão do ar.

Nota:

A vazão total requerida para o sistema de pressurização de escadas, somada
aos dois fatores de segurança acima descritos, deve ser calculada conforme abaixo:

Equação 5:

a. Qt = Qt x 1,4 (quando se tratar de duto metálico);

ou

b. Qts = Qt x 1,5 (quando se tratar de duto de alvenaria ou misto).

5.1.6.7 Antecâmara do elevador de emergência

A antecâmara de segurança do elevador de emergência deve ser pressurizada,
adotando-se os critérios do item 5.1.6.8 e da Tabela 1 do Anexo A, desta IT,
e apresentar as seguintes características:

a. no cálculo da vazão de ar de pressurização, deve
ser considerado o escape de ar através das aberturas no entorno da passagem
de cabos de aço e outros no topo do poço do elevador, no piso da casa de máquinas,
em série com o escape pelas frestas das portas de acesso ao elevador nos diversos
pavimentos;

b. o cálculo para determinação da vazão de ar de
pressurização deverá considerar as frestas das portas do elevador e das PCF
de acesso às antecâmaras conforme a Tabela 2 do Anexo A. Considerando que esses
parâmetros dimensionais poderão estar alterados na conclusão da obra, a vazão
de ar introduzida em cada antecâmara deve ser regulada para que a pressão interna
não ultrapasse a 60 Pa;

c. quando contígua com a escada pressurizada, a antecâmara,
quando não pressurizada por duto exclusivo, deve ser pressurizada pelo mesmo
sistema da escada, através de vasos comunicantes, controlados por venezianas
unidirecionais, reguláveis e independentes em cada nível de pavimento, de forma
a manter um gradiente de pressão no sentido do interior da escada pressurizada
para a antecâmara de segurança, neste caso, considerar o escape de ar através
dessas janelas no cálculo do suprimento total de ar necessá- rio para o sistema
de pressurização da escada (adotar as frestas e vão reais efetivos);

d. ser protegida por PCF P-90, no acesso à antecâmara
de segurança, a partir do pavimento;

e. a casa de máquinas deve ser independente e isolada
em relação aos demais elevadores, com paredes com TRRF, mínimo de, 2 h e acessos
por PCF P-90;

f. alternativamente, pode ser adotada a pressurização
das antecâmaras do elevador de amergência a partir do poço do elevador que,
nesse caso, funcionará como um duto de pressurização, para tanto, avaliar as
condições para se manter as antecâmeras pressurizadas até o limite de 50 Pa,
considerando-se as resistências das frestas no entorno das portas dos elevadores
e PCF de acesso em cada pavimento – precaver-se de que haja um fluxo de ar contínuo
entre esse espaço pressurizado com os ambientes contíguos e, desses, com aberturas
permanentes para o exterior da edificação. As paredes do poço do elevador devem
seguir os critérios do item 5.3.3, desta IT;

g. também, alternativamente, pode-se fazer o acesso
ao elevador de segurança diretamente por um patamar da escada pressurizada,
a partir de um hall disposto fora da rota de circulação das pessoas na escada,
formando um ambiente único com a caixa de escada. No ingresso a este conjunto,
verificar a necessidade, ou não, da exigência da antecâmara de segurança conforme
item 5.1.6.8 desta IT; o gradiente de pressão entre a escada e a antecâmara
pode ser obtido por meio de grelha unidirecional, no sentido da escada para
a antecâmara. A dimensão do acesso ao elevador emergência deve possuir espaço
livre (largura) de, no mínimo, 1,50 m, não podendo esse espaço, em nenhuma hipótese,
interferir no raio de escoamento da escada de segurança.

5.1.6.8 Antecâmara de segurança de escada pressurizada

a. para as edificações residenciais com altura superior
a 120 m e para as demais ocupações com altura superior a 90 m será exigida,
além da pressurização da escada de segurança, a existência de uma antecâmara
de segurança;

b. essa antecâmara deve possuir as seguintes características:

1) Ser interposta entre a
escada pressurizada e as áreas comuns ou privativas da edificação, em todos
os níveis de pavimento, considerando-se a partir do piso de descarga, nos sentidos
ascendente e descendente (pavimentos superiores e inferiores ao nível da descarga)
dentro do critério de altura fixado na Tabela do Anexo B desta IT;

2) Ser protegida por PCF
P-60, tanto no acesso à antecâmara de segurança quanto no acesso à escada pressurizada.

c. deve haver um diferencial de pressão (DDP) entre
a antecâmara de segurança e o interior da escada pressurizada, garantindo-se
dessa forma o gradiente de pressão no sentido do interior da escada pressurizada
para a antecâmara de segurança; para realizar essa DDP, o Corpo de Bombeiros
aceita:

1) A previsão de insuflação
somente na escada, deixando uma abertura na parede entre a escada e cada antecâmara,
adotando o princípio de vasos comunicantes, com um único dispositivo de controle
de pressão localizado no interior da escada. A abertura mencionada deve ser
dotada de dispositivo que garanta o fluxo de ar somente no sentido da escada
à antecâmara, impedindo o fluxo da antecâ- mara à escada. O sistema deve ser
dimensionado considerando as aberturas de frestas da antecâmara ao exterior,
incluindo o poço do elevador;

2) Sistemas de pressurização
independentes entre a escada e as antecâmaras, com dutos, ventiladores e controles
exclusivos para cada sistema, tendo um nível de pressurização mais alto na escada
e mais baixo nas antecâmaras, aceita-se o controle de pressurização pela variação
da rotação dos ventiladores utilizando inversores de frequência na alimentação
elétrica de seus motores.

d. a antecâmara de segurança deve possuir dimensões
mínimas de acordo com a IT 11/11;

Obs.:

Quando exigido (ver Anexo B), as antecâmaras de segurança das escadas pressurizadas
e dos elevadores de emergência, localizadas em níveis inferiores ao piso de
descarga, devem possuir as mesmas características mencionadas acima.

e. as edificações existentes estão isentas do cumprimento
do estabelecido neste item, caso haja impossibilidade técnica de adaptação.

5.1.6.9 Efeito do sistema

Com a finalidade de eliminar o risco de redução de desempenho do ventilador,
em termos de vazão, deve ser considerado o “efeito do sistema”, atendendo aos
parâmetros definidos pelo fabricante. Normas de referência: Normas ASNI / ASHRAE
51; AMCA-210 e o Manual da AMCA “Fans and Systems” – publicação 201-90 – “O
fator do efeito do sistema” (System Effect Factor) e suas tabelas.

5.1.6.10 Cálculo de pressão

A apresentação da memória de cálculo da perda de pressão no circuito de transporte
de ar do sistema não é obrigatória, porém pode ser exigida pelo Serviço de Segurança
contra Incêndio, a comprovação da metodologia de cálculo, para esclarecimentos
do valor obtido.

5.2 A edificação

5.2.1 Aspectos gerais

a. cuidados especiais devem ser avaliados para dimensionamento
do sistema de pressurização de escada de segurança para edificação com altura
superior a 80 m, principalmente quanto a velocidade máxima nos dutos, vazão
e perdas;

b. a edificação deve ser planejada de forma a atender
aos requisitos do sistema de pressurização, garantindo o seu funcionamento com
relação às condições descritas nesta IT;

c. todos os componentes do sistema de pressurização
(dutos, grupo motoventilador, grupo motogerador automatizado) devem ser protegidos
contra o fogo por no mínimo 2 h (exceção feita às portas corta-fogo que devem
ser do tipo P-90, nas casas de máquinas), a fim de garantir o abandono dos ocupantes
da edificação, bem como, o acesso ao Corpo de Bombeiros;

d. pisos escorregadios nas proximidades das PCF de
acesso aos espaços pressurizados devem ser evitados;

e. portas corta-fogo devem estar de acordo com a
norma NBR 11742/03, e serem instaladas de forma a atender às premissas básicas
do projeto de pressurização de escadas. Caso contrário, a pressurização perde
sua função e deve ser reavaliada, ou dispositivos complementares, junto a esta
PCF, devem dar as garantias do projetado na pressurização. Tais dispositivos
não podem alterar as características de resistência ao fogo das PCF;

f. atenção especial deve ser dada às edificações
que possuam acesso de pessoas portadoras de deficiência física;

g. quando a pressurização da escada dificulta o fechamento
das PCF (como exemplo, PCF posicionada no pavimento de descarga), dispositivos
de fechamento devem ser dimensionados de forma a vencer esta for- ça. Tais dispositivos
devem ser capazes de mantê-las fechadas contra a pressão do sistema de pressurização;

h. deve ser prevista sinalização nas PCF, na face
externa à escada, com os seguintes dizeres: “ESCADA PRESSURIZADA”, seguindo
critérios da IT 20/11;

i. visando à selagem como forma de não prejudicar
o estabelecido no item 5.1.6.4 desta IT, deve ser considerado o controle da
porosidade das paredes que envolvem as escadas, bem como, dos dutos de suc-
ção e pressurização, construídos em alvenaria;

j. deve ser previsto sistema de detecção de fumaça
e iluminação de emergência nos seguintes locais: casa de máquinas de pressurização;
sala do grupo motogerador automatizado; no ambiente onde se localizar os acionadores
manuais alternativos dos motoventiladores; em qualquer outro local que possua
contato direto com a escada pressurizada;

k. caso exista algum compartimento ou equipamento
que, direta ou indiretamente, possa gerar dúvida quanto à sua real interferência
no sistema de pressurização, como por exemplo sistema de controle de fumaça,
o projeto deve ser submetido à análise de Comissão Técnica.

5.2.2 Edifícios com múltiplas escadas

a. em edifícios com múltiplas escadas pressurizadas,
devem ser instalados sistemas independentes de pressurização para cada escada.
A exigência de sistemas independentes aplica-se aos equipamentos a serem instalados,
devendo estes serem independentes para cada escada (conjunto motoventilador,
dutos de insuflamento, registros e grelhas), e quanto ao ambiente onde serão
instalados os motoventiladores (proteção passiva dos sistemas) pode-se aceitar
uma casa de máquinas única, desde que seja dimensionada conforme item 5.2.4
desta IT, em especial as letras “e’”, “j”, “n” e “o”. Esse conceito aplica-se
igualmente para os sistemas de detecção automática de incêndio e para o grupo
motogerador, que pode ser único para alimentação dos sistemas de pressurização
de uma edificação;

b. não devem ser aceitas escadas de segurança com
aberturas entre si (uma escada se comunicando com a outra, através de dutos,
janelas etc.), quando se tratarem de quantidade mínima de escadas exigidas para
a edificação, conforme IT 11/11 – Saídas de emergência ou Código de Obras local;

c. no caso de uma escada em que for utilizado o recurso
arquitetônico de aproveitamento de área da caixa de
escada, mantendo-se as larguras, unidades de passagens
etc, com duas entradas distintas para a
mesma caixa de escada em um mesmo nível, é permitida
a pressurização por um único duto, devendo-se
levar em conta o número de portas abertas, frestas e
perdas em duplicata, não podendo diminuir o número
mínimo de escadas previstas para a edificação;

d. devem ser projetados sistemas de pressurização
para as escadas que atenderem os pavimentos abaixo do piso de descarga e subsolos,
caso esses pisos sejam utilizados para atividades diversas de estacionamento
de veículos ou possuam altura ascendente maior que 12 m;

e. como regra geral, deve-se evitar o uso de escadas
de segurança pressurizadas e escadas simples ou enclausuradas sem pressurização,
quando ocupam o mesmo espaço (mesmo ambiente – por exemplo: mesmo corredor de
acesso). Casos específicos poderão ser aceitos pelo Corpo de Bombeiros, desde
que o responsável técnico cite claramente, no memorial específico, que as ventilações
do ambiente (por exemplo: ventilações permanentes nas fachadas, nos corredores
de acesso e outras) garantam a não interferência da escada pressurizada sobre
as demais.

5.2.3 Relação entre a pressurização e o sistema de ar-condicionado

a. a circulação de ar promovida pelo sistema de condicionamento
de ar ou de exaustão mecânica deve ser projetada de modo a manter a trajetória
do fluxo de ar no sentido contrário ao estabelecido para o abandono da população
da edificação, a fim de diminuir o risco das rotas de fuga serem atingidas pela
fumaça oriunda do incêndio. Caso isso não seja atendido, devem ser previstos
dispositivos de fechamento automático, que garantam o bloqueio da passagem de
fumaça em caso de incêndio. Portanto, esses dispositivos devem ser utilizados
quando existir o risco desses dutos e/ou sistemas contribuírem para o alastramento
do incêndio, ou não atenderem aos critérios de compartimentação horizontal e/ou
vertical;

b. na situação de emergência (em funcionamento do
sistema de pressurização), todo o sistema de circulação de ar existente na edificação
deve ser projetado para imediata interrupção do seu funcionamento.

c. sistemas de exaustão podem ser mantidos ligados
desde que promovam um fluxo favorável ao sentido do escape de ar do sistema
de pressurização de escada, sendo que tais casos devem ser analisados em Comissão
Técnica;

d. o sistema de alarme e detecção de incêndio também
deve ser o responsável pelo comando das alterações necessárias no sistema de
ventilação e ar condicionado. O sinal, que deve dar início a todas estas alterações
na operação desses sistemas, deve vir da mesma fonte que aciona a pressurização
na situação de emergência;

e. detector de fumaça dentro dos dutos de retorno
do ar condicionado pode ser utilizado como sistema auxiliar de acionamento do
sistema de pressurização, devendo o mesmo ser adequadamente instalado e ter
sua eficiência comprovada por meio de ensaio, de acordo com NBR 17240/10.

5.2.4 Estruturas de proteção e garantias de funcionamento do sistema de
pressurização

a. a edificação deve proporcionar a proteção adequada
contra incêndio para todos os componentes que garantam o funcionamento do sistema
de pressurização;

b. os dutos de sucção e/ou pressurização, seus ancoramentos
ou seus revestimentos contra incêndio, em seu caminhamento interno ou externamente
à edificação, não devem passar por ambientes que possam prejudicar (com danos
mecânicos, químicos ou do próprio incêndio) a eficiência do sistema de pressurização;

c. os dutos de sucção e/ou pressurização, no seu
caminhamento devem, de preferência, estar posicionados o mais próximo possível
ao teto (laje) dos ambientes, sendo que quaisquer outras instalações devem estar
posicionadas logo abaixo, desde que atendam aos requisitos do item 5.2.4, letras
(f, g e h) desta IT;

d. os ancoramentos dos dutos e outros acessórios,
necessários ao sistema de pressurização, não podem servir funcionalmente a outros
tipos de instalações;

e. cabos elétricos e dutos de sucção e/ou pressurização
devem estar devidamente protegidos contra a ação do fogo em caso de incêndio,
garantindo o acionamento e o funcionamento do sistema de pressurização para
no mínimo 2 h;

f. os dutos de sucção e/ou pressurização, para que
não seja exigido o revestimento contra incêndio, devem estar afastados de sistemas
de vasos sob pressão, baterias de GLP ou sistemas alimentados por gás natural,
de nafta ou similares e depósitos ou tanques de combustí- vel, de acordo com
o estabelecido no Anexo D desta IT;

g. para os riscos citados no item 5.2.4 letra (f),
em que não consiga os afastamentos estabelecidos no Anexo D (todos desta IT),
além da proteção que garanta resistência ao fogo por 2 h nos dutos de sucção
e/ou pressurização, deve ser prevista distância mínima, medida no plano horizontal,
de 2 m desses riscos;

h. caso o afastamento de 2 m entre as tubulações
que conduzem gás GLP, gases naturais, de nafta ou similares e os dutos de sucção
e/ou pressurização não seja cumprido, essas tubulações de gás devem ser envolvidas
por tubo-luva de proteção, de ferro galvanizado ou aço carbono, devidamente
identificada na cor vermelha e suportado de forma independente, com diâmetro
nominal mínimo 1,5 vezes maior que a tubulação a ser envolvida. O afastamento,
medido no plano horizontal, entre a entrada e saída do tubo-luva de proteção
e os dutos de sucção e/ou pressurização, deve ser de no mínimo 1 m, de acordo
com o estabelecido no Anexo D desta IT;

i. o grupo motoventilador, seus acessórios, componentes
elétricos e de controle, devem ser alojado em compartimento resistente ao fogo
por, no mínimo, 2 h. As PCF de acesso a esse compartimento devem ser do tipo
PCF P-90;

j. caso o compartimento da casa de máquinas do grupo
motoventilador esteja posicionado em pavimento subsolo, ou outro pavimento que
possa causar risco de captação da fumaça de um incêndio, deve ser previsto uma
antecâmara de segurança entre esse compartimento e o pavimento. Também deve
ser previsto sistema de detecção no acesso a esse conjunto compartimento casa
de máquinas. Essa antecâmara de segurança pode possuir dimensões reduzidas,
com relação ao estabelecido na IT 11/11. O acesso à antecâmara de segurança
deve ser protegido por uma PCF P-90, bem como, o acesso à casa de máquinas do
grupo motoventilador ser protegido por uma porta estanque, de forma a evitar
a captação de fumaça que porventura passe pelas frestas desta PCF. Essa solu-
ção pode ser substituída por outra que garanta a diminuição de risco de captação
da fumaça de um incêndio pelo compartimento casa de máquinas do grupo motoventilador;

k. quando o sistema de interligação do grupo motoventilador
for realizado por correias, deve ser providenciada proteção contra eventuais
acidentes pessoais, por meio de grade ou outro dispositivo que possua mesma
finalidade e eficiência;

l. o grupo motogerador automatizado e seus acessórios,
quando exigidos, de acordo com os critérios do Anexo B, desta IT, devem ter
seu compartimento, o mesmo nível de proteção estabelecido no item 5.2.4, letra
i desta IT. Tais compartimentos devem ser projetados com vistas a garantir a
manutenção de sua estabilidade, integridade e estanqueidade, tendo em vista
a vibração originária do funcionamento do grupo motogerador;

m. o circuito formado pela tomada de ar frio e saída
do ar aquecido (do compartimento casa de máquinas do grupo motogerador), bem
como, o escape dos gases da combustão, para o perfeito funcionamento do grupo
motogerador automatizado e seus acessórios, devem ser adequadamente projetados
como forma de garantir a alimentação elétrica dos sistemas de segurança e sistema
de pressurização das edificações. Preferencialmente, o grupo motogerador e seus
acessórios devem estar posicionados no pavimento térreo ou próximo deste. Caso
não exista condição técnica para o cumprimento dessa exigência, no mínimo, deve
ser garantida que a tomada de ar frio seja realizada próximo ao pavimento térreo,
através de dutos, sem o risco de se captar a fumaça oriunda de um incêndio.
Os dutos de tomada de ar frio se passarem por áreas de risco, devem possuir
proteção que garanta resistência ao fogo por no mínimo 2 h. Cuidados especiais,
quanto ao isolamento térmico e/ou de resistência ao fogo, devem ser tomados
para os dutos de saída do ar aquecido e dutos de escape de gases da combustão;

n. cuidados especiais devem ser tomados para evitar
a entrada de água ou produtos agressivos, nos compartimentos casa de máquinas
do grupo motoventilador e do grupo motogerador automatizado, por intempéries
ou mesmo quando da manutenção geral da edificação;

o. o grupo motoventilador deve estar posicionado
em compartimento diferente do que abriga o grupo motogerador automatizado;

p. nas edificações existentes, não é obrigatório
o uso do grupo motogerador automatizado, que pode ser substituído pela ligação
independente do grupo motoventilador;

q. prever fechamento adequado para as instalações
hidráulicas de água, esgoto e águas pluviais no interior das casas do grupo
motoventilador e grupo motogerador, com TRRF conforme a IT 08/11 – Resistência
ao fogo dos elementos de construção.

5.3 A Instalação e equipamentos

5.3.1 Ventilador

a. o conjunto motoventilador deve atender a todos
os requisitos desta IT, para proporcionar a pressurização requerida;

b. em todos os edifícios devem ser previstos sistemas
motoventiladores em duplicata, com as mesmas características, para atuarem especificamente
na situa- ção de emergência, de acordo com os critérios estabelecidos no Anexo
B desta IT;

c. nos edifícios residenciais com até 80 m de altura,
nos edifícios de escritórios com até 60 m de altura e nos edifícios escolares
com até 30 m de altura, é permitido o uso de somente um motoventilador;

d. para se atingir a vazão total de projeto, podem
ser utilizados 2 grupos motoventiladores, sendo que cada grupo deve, no mínimo,
garantir 50% da vazão total do sistema e 100% da pressão total requerida, para
atuarem especificamente no estágio de emergência e em conjunto.

5.3.2 Tomada de ar

a. é essencial que o suprimento de ar usado para
pressurização nunca esteja em risco de contamina- ção pela fumaça proveniente
de um incêndio no edifí- cio. Medidas para minimizar a influência da ação dos
ventos sobre o sistema de pressurização (como a tomada e a saída de ar) também
devem ser adotadas;

b. as seguintes distâncias mínimas devem ser adotadas,
em relação às aberturas próximas à tomada de ar da pressurização:

1) 2,5 m das aberturas nas
laterais, medidos horizontalmente. Quando a tomada de ar for feita abaixo do
nível do piso de descarga da edificação, a distância deverá então ser de 5 m;

2) 2 m das aberturas acima
da tomada de ar;

3) abaixo da veneziana de
tomada de ar não serão permitidas aberturas, exceto quando, comprovadamente,
esta abertura não prejudicar a tomada de ar, devido à posição, à existência
de proteções etc;

4) Não é permitida a instalação
da tomada de ar em local interno à linha de projeção do pavimento superior.

Figura 3: Distâncias mínimas de aberturas à tomada de ar

Figura 3: Distâncias mínimas de aberturas à tomada de ar

5.3.2.1 Edificações novas

a. a tomada de ar e instalação do grupo motoventilador
e seus acessórios, para o sistema de pressurização, devem atender às seguintes
características:

1) Localizarem-se no pavimento
térreo ou próximo deste e possuir filtro de partículas, conforme NBR 16401/08,
sendo do tipo metálico lavável;

2) Caso necessário, a tomada
de ar deve ser realizada através de duto de captação de um local sem risco de
fumaça de incêndio até o compartimento que abriga o conjunto motoventilador;

3) Não é permitido conjugar
a captação de ar do siste- ma de pressurização com a saída da extração de fumaça
dos subsolos;

4) O compartimento que abriga
o conjunto motoventilador deve permitir facilidades de acesso para manutenção,
mesmo quando estiver posicionado em nível subterrâneo.

5.3.2.2 Edificações existentes

a. em edificações existentes, anteriores a IT -010/33/99
e, quando não houver condições técnicas de se cumprir o estabelecido no item
5.3.2.1.a desta IT, devidamente comprovada a inviabilidade, quanto à instala-
ção do conjunto motoventilador e a tomada de ar, pode ser permitida sua instalação
no pavimento cobertura;

b. caso seja aceita a tomada de ar ao nível da cobertura
da edificação, requisitos mínimos devem ser providenciados de modo a diminuir
o risco de captação da fumaça que sobe pelas fachadas do edifício, a saber:

1) Construção de uma parede
alta, posicionada em todo o perímetro da cobertura da edificação, e afastada
da tomada de ar 5 m, medida no plano horizontal, tal parede deve ser 1 m, mais
alta que o nível da tomada de ar

Obs.: Ver Anexo C desta IT;

2) Construção de uma parede
alta, 2 m acima da tomada de ar, posicionada em todo o perímetro da cobertura
da edificação, quando não se conseguir o afastamento de 5 m, medidos no plano
horizontal.

Obs.: Ver Anexo C desta IT;

c. da mesma forma, o ponto de descarga de qualquer
duto vertical que possa eventualmente descarregar fumaça de um incêndio, deve
também estar afastado 2 m, no mínimo, medida no plano vertical, em relação ao
nível da tomada de ar. Esse duto deve atender aos requisitos estabelecidos no
item 5.2.4, letra b, desta IT, e preferencialmente o seu ponto de descarga deve
ficar posicionado o mais próximo possível, medido no plano horizontal, da tomada
de ar do sistema de pressurização.

Obs.: Ver Anexo C desta IT.

5.3.3 Sistema de distribuição de ar

a. nos edifícios com vários pavimentos, a disposição
preferida para um sistema de distribuição de ar para pressurização consiste
em um duto vertical que corre adjacente aos espaços pressurizados, sendo que,
para edificações existentes, havendo impossibilidade técnica justificada de
execução desse duto, pode ser aceita a distribuição de ar através de duto plenum.
Neste caso o projeto deve ser analisado em Comissão Técnica. Devem-se verificar
os efeitos da “resistência fluído-dinâmica” associada ao escoamento vertical
do ar pela escada, que se manifesta em série, de um andar a outro. O problema
fica, portanto, na dependência da geometria da escada, que deve ser objeto de
aná- lise específica de cada caso;

b. os dutos devem, de preferência, ser construídos
em metal laminado, com costuras longitudinais lacradas à máquina, com material
de vedação adequado. Os aspectos construtivos devem obedecer às recomenda- ções
da SMACNA, por meio das literaturas HVAC Duct Construction – Metal and Flexible
e HVAC System Duct Design. A utilização de dutos confeccionados em outros materiais,
além de atender as condições de exigência relativas aos dutos metálicos, deve
ser submetida à avaliação da Comissão Técnica, no Serviço de Segurança contra
Incêndio;

c. cuidados especiais devem ser tomados na ancoragem
dos dutos do sistema de pressurização, quando for necessário o uso de revestimento
resistente ao fogo para sua proteção, tendo em vista o aumento de peso causado
por esses revestimentos;

d. dutos de alvenaria podem ser utilizados, desde
que sejam somente para a distribuição do ar de pressurização, e que a sua superfície
interna, preferencialmente, possua revestimento com argamassa, com objetivo
de se obter uma superfície lisa e estanque, ou revestida com chapas metálicas
ou outro material incombustível. Dutos para pressurização, com áreas internas
inferiores a 0,5 m2 , triangulares e muito estreitos (com largura menor que
40 cm), devem, à medida do possível, ser evitados;

e. recomenda-se que o nível de ruído transmitido
pelo sistema de pressurização no interior da escada não deve ultrapassar a 85
db(a), na condição desocupada;

f. caso necessário, um teste de vazamento nos dutos
pode ser aplicado de forma a se verificar a exatidão dos parâmetros adotados.
O método de teste deve ser o recomendado pela SMACNA, por meio da literatura
HVAC Air Duct Leakage Test Manual;

g. registros corta-fogo não devem ser usados na rede
de dutos de tomada ou distribuição do ar de pressurização, de modo que o seu
acionamento não prejudique o suprimento de ar;

h. os dutos metálicos, tanto na tomada de ar quanto
na sua distribuição, que ficarem posicionados de forma aparente, devem possuir
tratamento de revestimento contra o fogo, que garanta resistência ao fogo por
2 h, mesmo que esses dutos estejam posicionados em pavimentos subsolos ou na
face externa do edifício. Exce- ção, quando do caminhamento do duto externo
à edifica- ção com os afastamentos citados no Anexo D desta IT;

i. os revestimentos resistentes ao fogo aplicados
diretamente sobre os dutos metálicos de ventilação, quando submetidos às condições
de trabalho esperadas, principalmente às condições de um incêndio, devem demonstrar
resistência ao fogo por um período mínimo de 2 h, atendendo aos seguintes critérios
abaixo:

1) Integridade à passagem
de chamas, fumaça e gases quentes;

2) Estabilidade ao colapso
do duto, que evitaria o cumprimento normal de suas funções;

3) Isolamento térmico, para
evitar que a elevação da temperatura na superfície interna do duto não alcance
140ºC (temperatura média) e 180ºC (temperatura máxima pontual), acima da temperatura
ambiente;

4) Incombustibilidade do
revestimento.

Obs.:

Os critérios acima devem ser definidos em testes normalizados de resistência
ao fogo de dutos de ventilação, utilizando a norma brasileira, e na sua ausência
a norma ISO 6944 – Fire Resistance Tests – Ventilation Ducts ou similar.

j. caso se adote parede sem função estrutural para
proteger dutos metálicos verticalizados, pode ser adotada a Tabela de Resistência
ao Fogo Para Alvenarias, conforme Anexo B da IT 08/11.

5.3.4 Grelhas de insuflamento de ar

a. para a pressurização de uma escada, através de
duto, devem ser previstas várias grelhas de insuflamento, localizadas a intervalos
regulares por toda a altura da escada, e posicionadas de modo a haver uma distância
máxima de dois pavimentos entre grelhas adjacentes. Os pontos de saída devem
ser balanceados para permitir a saída de quantidades iguais de ar em cada grelha,
devendo obrigatoriamente haver uma grelha no piso de descarga (pavimento térreo)
e uma no último pavimento;

b. os dispositivos de ajuste e balanceamento das
grelhas de insuflamento não podem permitir altera- ções, mesmo que acidentais,
após montagens e testes, a não ser por pessoal técnico capacitado.

5.3.5 Sistema elétrico

a. deve ser assegurado o fornecimento de energia
elétrica para o sistema de pressurização e de segurança existente na edificação
durante o incêndio, de modo a garantir o funcionamento e permitir o abandono
seguro dos ocupantes da edificação.

O edifício deve possuir um sistema de fornecimento
de energia de emergência por meio de um grupo motogerador automatizado, de acordo
com as Normas Técnicas Oficiais, com autonomia de funcionamento de acordo com
os critérios do Anexo B desta IT e acionado automaticamente quando houver interrupção
no fornecimento de energia normal para o sistema de pressurização;

b. os demais sistemas de emergência (tais como iluminação
de emergência, registros corta-fogo, bombas de pressurização hidráulicas de
incêndio, elevadores de segurança etc.), podem ser alimentados pelo mesmo grupo
motogerador automatizado;

c. o comando elétrico, de início de funcionamento
do grupo motoventilador, na situação de emergência, deve se dar a partir de
um sistema automático de detecção de fumaça, cuja instalação é exigida nos locais
citados no item 5.2.4 letra (e), Anexo B desta IT e IT 19/11;

d. as instalações elétricas devem estar de acordo
com a NBR 5410/04;

e. os circuitos elétricos do sistema de pressurização
devem ser acondicionados de forma a garantir a operação do sistema conforme
tempo preconizado nesta IT. Se os circuitos elétricos do sistema de pressurização
passarem por áreas de risco, aparentes ou embutidas em forros sem resistência
contra incêndio, devem ser protegidos contra a ação do calor do incêndio, pelo
tempo de utilização do grupo motogerador automatizado;

f. quando a edificação for isenta de grupo motogerador,
deverá ser prevista uma alimentação independente do consumo geral, de forma
a permitir o desligamento geral da energia, sem prejuízo do funcionamento do
sistema de pressurização da escada.

5.3.6 Sistemas de controle

a. considerando-se a diversidade de condições a que
o sistema é submetido, para manter um diferencial de pressão adequado, quando
todas as PCF estiverem fechadas e a velocidade mínima necessária, referida à
condição padrão do ar, por meio das PCF consideradas na condição abertas, deve
ser previsto registro de sobrepressão, ou damper motorizado acionado por sensor
diferencial de pressão, a fim de impedir que a pressão se eleve acima de 60
Pa, quando todas as PCF estiverem fechadas;

b. esse registro é colocado entre um espaço pressurizado
e um espaço interno ou externo, desde que haja garantias de funcionamento, considerando-se
a influência da ação dos ventos. Esse registro deve ser posicionado fora das
áreas de risco e afastados de acordo com o Anexo E desta IT;

c. alternativamente ao registro de sobrepressão,
podem ser adotados sistemas que modulem a capacidade dos ventiladores de pressurização
(variador de frequência do motor), sob comando de um controlador de pressão
com sensor instalado no interior da escada pressurizada;

d. para sistemas de pressurização que se utilizam
2 conjuntos motoventiladores, um funcionando como reserva do outro, deve ser
instalado no sistema de dutos, um dispositivo automático que identifique a parada
de um grupo motoventilador e possibilitar o imediato acionamento do outro;

e. orienta-se que, quando se utilizar registros (dampers)
nas descargas dos ventiladores, suas lâminas sejam posicionadas de forma perpendicular
ao eixo do ventilador, como forma de diminuir o chamado “efeito do sistema”;

f. sistemas de controle também devem ser aplicados
nos trechos de escadas situados em subsolos, quando existir a descontinuidade
no piso de descarga (térreo) todavia, deve-se ter a precaução de que aberturas
não sejam utilizadas para os pavimentos enterrados, devendo-se dar preferência
para instalação de registros de sobrepressão localizados no nível térreo ou,
então, de variador de frequência ou similar.

5.3.7 Sistema de acionamento e alarme

a. o sistema principal para acionamento do sistema
de pressurização, na situação de emergência, deve ser o de detecção automática
de fumaça, pontual ou linear. Em todos os edifícios, deve haver tal sistema,
no mínimo, no hall interno de acesso à escada pressurizada e nos seus corredores
principais de acesso, dimensionados conforme IT 19/11 – Sistemas de detecção
e alarme de incêndio;

Obs.:

Todos os ambientes ou halls que possuem acesso direto à escada pressurizada
devem possuir sistema de detecção de fumaça.

b. nos edifícios em que os detectores de fumaça foram
instalados apenas para acionar a situação de emergência do sistema de pressurização,
esse detector deve ser posicionado no lado de menor pressão de todas as PCF
de comunicação entre a escada pressurizada e o espaço adjacente, nos locais
indicados no Anexo B desta IT;

c. a instalação do detector de fumaça dentro do espaço
pressurizado não é aceitável;

d. o uso do sistema de detecção não isenta o uso
do sistema de alarme manual, sistema de chuveiros automáticos ou outro sistema
de prevenção ou combate a incêndios.

Obs.:

1) A existência de sistema
de chuveiros automáticos ou outro sistema de combate a incêndios não isenta
a necessidade de instalação de sistema de detecção e alarme, como forma principal
de acionamento do sistema de pressurização;

2) O treinamento da brigada
de combate a incêndios e a elaboração de plano de abandono e emergências, para
a plena utilização do sistema de detecção e alarme, devem ser elaborados e constantemente
avaliados.

e. procedimentos devem ser adotados no sentido de
se testar o sistema de alarme de incêndio, sem necessariamente operar o sistema
de pressurização de escadas;

f. a instalação dos detectores automáticos ou acionadores
manuais de alarme devem seguir as orientações do Corpo de Bombeiros e, subsidiariamente,
o que preceitua a IT 19/11;

g. o painel da central de comando de alarme/detecção
deve sinalizar o setor atingido, não sendo permitido que um laço de alarme/detecção
supervisione mais de um pavimento; todas as indicações da central de alarme/
detecção devem ser informadas na língua portuguesa;

h. qualquer sinal de alarme ou defeito deve ser interpretado
pela central de alarme/detecção como alarme e deve acionar o sistema de pressurização,
sendo que não é permitido, por meio da central de alarme, realizar o desligamento
do sistema de pressurização, respeitadas as considerações dos itens seguintes;

i. o sistema de pressurização deve ser acionado imediatamente
quando a central de alarme e detecção de incêndio receber sinal de ativação
do detector de fumaça/calor e/ou acionador manual de alarme de incêndio instalados
na edificação. O funcionamento de motoventiladores não pode depender da ativação
dos dispositivos sonoros, cujo retardo pode causar a contaminação da escada
pela fumaça oriunda do incêndio; dessa forma, o sistema de alarme e detecção
de incêndio deve ativar o sistema de pressurização antes mesmo do reconhecimento
do sinal de alarme pela pessoa responsável pela vigilância;

j. o detector de fumaça instalado na sala dos motoventiladores
deve possuir laço exclusivo e independente (ou similar) dos demais e funcionar
de forma diferenciada, ou seja, ao ser acionado, deve inibir o acionamento do
sistema de pressurização;

k. somente é aceito, para garantia do sistema de
pressurização, sistemas com acionadores manuais que sejam supervisionados pela
central de alarme e detecção, de acordo com os critérios estabelecidos na IT
19/11;

l. a lógica do sistema deve contemplar a necessidade
de se evitar que o sistema de pressurização da escada entre em funcionamento
automaticamente em caso da existência real de fumaça no interior do compartimento
que abriga o conjunto motoventilador, proveniente de um incêndio em suas adjacências.
Dessa forma, devem ser adotados mecanismos adequados que impeçam que o falso
alarme desative o funcionamento do conjunto motoventilador. O monitoramento
através do sistema de detecção de fumaça desse compartimento deve ser realizado
através de um laço exclusivo e independente (ou similar) em relação aos demais
detectores de fumaça e acionadores manuais de alarme da edificação;

m. o sistema de detecção deve ser submetido aos testes
de acordo com a IT 19/11, e também com as interferências da pressurização, quando
o sistema for de 2 está- gios. Deve-se apresentar o laudo de teste do sistema
de detecção, quando da solicitação da vistoria junto ao Corpo de Bombeiros;
comprovando que foram realizados os testes de acordo com a referida norma, bem
como, o devido recolhimento da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica);

n. é permitido o uso de destravadores eletromagnéticos
para PCF de acesso à escada pressurizada, sendo que o seu circuito deve ser
ligado à central de comando do sistema de detecção e alarme. O sistema deve
permitir ainda o destravamento manual por meio da central de comando do sistema
de alarme, ou manualmente na própria PCF. Esse sistema tem a função de destravar
a PCF automaticamente na falta de energia elétrica ou quando acionado o sistema
de pressurização de escadas;

o. o tempo máximo de fechamento das PCF de acesso
à escada pressurizada, onde houver destravadores eletromagnéticos, deve ser
de 30 s;

p. os acionadores manuais de alarme, de forma complementar
(e nunca substitutiva), devem sempre permitir o acionamento do sistema de pressurização
em situa- ção de emergência;

q. um acionador remoto manual, do sistema de pressurização,
deve sempre ser instalado em cada local abaixo descrito:

1) Na sala de controle central
de serviços do edifício (desde que possua fácil comunicação com todo o edifício)
ou na portaria ou guarita de entrada do edifício com vigilância permanente;

2) No compartimento do grupo
motoventilador e seus acessórios, se este for distante da sala de controle central;

r. a parada do sistema de pressurização, em situação
de emergência, somente pode ser realizada de modo manual.

5.3.8 Métodos de escape do ar para o exterior, a partir dos pavimentos

a. no dimensionamento do sistema de pressurização
devem ser previstas áreas de escape de ar para o exterior da edificação, de
preferência utilizando-se de aberturas em pelo menos duas de suas faces. Tais
aberturas em cada pavimento devem proporcionar, no total, um mínimo de vazão
correspondente a 15% da vazão volumétrica média que escapa de uma PCF aberta
(com velocidade de 1 m/s). Para tanto, o projetista deve adotar uma das alternativas
a seguir:

1) Método do escape de ar
por janelas;

2) Método do escape de ar
através de aberturas especiais no perímetro do edifício, que permanecem normalmente
fechadas, na condição normal de uso da edificação, e funcionem no caso de ativação
do sistema de pressurização;

3) Método do escape de ar
através de dutos verticais, desde que não comprometa a compartimentação vertical
exigida para a edificação. As aberturas devem ser protegidas nos moldes do especificado
na IT 09/11 – Compartimentação horizontal e compartimentação vertical;

4) Método do escape de ar
através de extração mecânica, seguindo critérios adotados na IT 09/11 e IT 15/11
– Controle de fumaça;

5) Outro método, a critério
do projetista, desde que seja possível comprovar o desempenho e não haja prejuízo
às demais medidas de segurança exigidas para a edificação, como por exemplo,
compartimentação vertical, entre outras.

b. nos edifícios onde haja necessidade de sistema
de escape do ar de pressurização, baseado na operação automática dos dispositivos
instalados para esta finalidade, o sinal que opera tais dispositivos deve ser
o mesmo que aciona o grupo motoventilador no estágio de emergência. Sensores
independentes, que acionem apenas os dispositivos de escape, não são permitidos;

c. todo equipamento acionado automaticamente para
proporcionar o escape do ar de pressurização do edifício, caso exista, deve
ser incluído nos procedimentos de manutenção.

5.3.9 Procedimentos de manutenção

a. todo equipamento de pressurização deve ser submetido
a um processo regular de manutenção, que inclui: o sistema de detectores de
fumaça ou qualquer outro tipo de sistema de alarme de incêndio utilizado, o
mecanismo de comutação, o grupo motoventilador, suas correias de interligação,
dutos (sucção e/ou pressurização) e suas ancoragens e proteções contra incêndio,
os sistemas para o fornecimento de energia em emergência, portas cortafogo e
o equipamento do sistema de escape do ar acionado automaticamente. Os cuidados
com esses equipamentos devem ser incluídos no programa de manuten- ção anual
do edifício e devem ser apresentados quando da solicitação de vistoria. Esses
cuidados são de inteira responsabilidade do proprietário da edificação e/ou
seu representante legal (como exemplo o síndico);

b. todos os sistemas de emergência devem ser colocados
em operação semanalmente, a fim de garantir que cada um dos grupos motoventiladores
de pressurização esteja funcionando;

c. sistemas que se utilizam de duplicidade de motores,
condições devem ser dadas para o teste individualizado;

d. os diferenciais de pressão devem ser verificados
anualmente, podendo ser prevista a instalação permanente de equipamentos para
esta finalidade. Uma lista de verificações dos procedimentos de manutenção deve
ser fornecida aos proprietários do edifício ao final das obras, pelos responsáveis
da instalação do sistema, com manuais em português.

5.4 Integração com outras medidas ativas de proteção contra incêndio

5.4.1 Acionamento do sistema de pressurização

O acionamento do sistema de pressurização deve estar em conformidade com
o item 5.3.7 desta IT, podendo haver a interligação com outros sistemas automáticos
de combate, permitindo de forma secundária, o acionamento do sistema.

5.4.2 Dutos conjugados com sistema de controle de fumaça

Serão aceitos projetos com dutos conjugados de pressurização de escadas e
controle de fumaça (para entrada de ar), desde que atendam as respectivas demandas
concomitantemente.

5.5 Testes de aprovação

5.5.1 Aspectos gerais

a. um teste de fumaça não é satisfatório para se
determinar o correto funcionamento de uma instalação de pressurização, visto
que não se pode garantir que todas as condições climáticas adversas possam estar
presentes no momento da execução do teste. Entretanto, esse teste pode, às vezes,
revelar trajetórias indesejáveis de fluxo da fumaça provocadas por defeitos
na construção.

b. o teste de aprovação da pressurização deve consistir
de:

1) Medição do diferencial
de pressão entre a escada e os espaços não pressurizados adjacentes com todas
as PCF fechadas;

2) Medição da velocidade
do ar que sai de um conjunto representativo (de acordo com estipulado no cálculo)
de PCF abertas que, quando fechadas, separam o espaço pressurizado dos recintos
ocupados do edifício.

c. o teste deve ser feito quando o edifício estiver
concluí- do, com os sistemas de condicionamento de ar e de pressurização balanceados
e todo o sistema pronto e funcionando, com cada componente operando satisfatoriamente
e sendo controlado pelo sistema de acionamento no seu modo correto de operação
em emergência. As medições efetuadas em campo devem seguir as recomendações
da AMCA 203, pela literatura Field Performance Measurement of Fan System.

d. nos sistemas com 2 estágios são exigidas medições
apenas com o segundo estágio operando (estágio de emergência);

e. O sistema de detecção deve ser submetido aos testes,
de acordo com a IT 19/11, e também considerando as interferências da pressurização,
quando o sistema for de 2 estágios.

5.5.2 Medição dos diferenciais de pressão

a. a medição dos diferenciais de pressão, entre os
espaços pressurizados e os espaços não pressurizados adjacentes, deve ser feita
com o auxílio de um manô- metro de líquido ajustável ou outro instrumento sensí-
vel e adequadamente calibrado;

b. um local conveniente para medir o diferencial
de pressão é por meio de uma PCF fechada. Pequenas sondas são colocadas de cada
lado da PCF, sendo que uma das sondas passa através de uma fresta da PCF, ou
por baixo dela. As duas sondas, a seguir, são ligadas ao manômetro por meio
de tubos flexíveis. É importante que o tubo que passa através da fresta da PCF,
efetivamente, atravesse-a e penetre suficientemente no espaço, para que a extremidade
livre fique em uma região de ar parado. Sugere-se que essa sonda tenha uma dobra
em L (de pelo menos 50 mm de comprimento), para que depois da inserção através
da fresta, a sonda possa ser girada em ângulo reto em relação à fresta. Este
processo introduz a extremidade livre em uma região de ar parado;

c. é importante que a inserção da sonda não modifique
as características de escape da PCF, por exemplo, afastando a superfície da
PCF do rebaixo no batente. A posição da sonda de medição deve ser escolhida
de acordo com esses critérios.

5.5.3 Correção de divergências no nível de pressurização obtido

a. se houver qualquer divergência séria, entre os
valores medidos e os níveis de pressurização especificados, os motivos dessa
divergência devem ser detectados e corrigidos. Há 3 razões principais que explicam
a não obtenção do nível de pressurização projetado:

1) vazão de ar insuficiente;

2) áreas de vazamento para
fora do espaço pressurizado, excessivas;

3) áreas de escape do ar
para fora do edifício, insuficientes.

b. deve ser medida a vazão de ar dos ventiladores
e a vazão de ar através de todas as grelhas de insuflamento, a fim de se detectar
os níveis de escape e o suprimento total de ar que chega à escada. Para a avaliação
do teste de escape podem ser utilizados os procedimentos previstos no MANUAL
SMACNA, HVAC AIR DUCT LEAKAGE TEST MANUAL ou da Recomendação Técnica DW/143
da Heating and Ventilation Contractors’ Association (HVAC). Essas medições devem
ser efetuadas com as PCF da escada fechadas, utilizando o próprio ventilador
da instalação;

c. caso a vazão de ar que entra na escada esteja
de acordo com a prevista em projeto, devem ser verificadas as frestas em redor
das PCF, dando-se atenção especial à folga na sua parte inferior. Se qualquer
PCF tiver folgas inaceitavelmente grandes, estas devem ser reduzidas. Devem
ser localizadas, também, áreas de vazamentos adicionais não previstas, que devem
ser vedadas;

d. caso a vazão de ar não atinja o nível previsto,
o escape de ar a partir dos espaços não pressurizados deve ser examinado para
se ter certeza que está em conformidade com o projeto e as necessidades desta
IT. Se for inadequado, o escape deve ser aumentado para os valores recomendados.
Como alternativa, pode ser aumentada a vazão de entrada de ar até o nível desejado
de pressurização a ser atingido, mesmo diante de escapes adicionais ou de condições
insuficientes. O nível de pressurização medido não deve ser menor que 90% do
valor projetado, nem exceder a 60 Pa.

5.5.4 Medição da velocidade média do ar através de uma PCF aberta

a. essa medida deve ser tomada com um anemômetro
de fio quente ou outro instrumento com resolução e exatidão adequados e devidamente
calibrado;

b. a velocidade média através da PCF aberta deve
ser obtida por meio da média aritmética de pelo menos 12 medições em pontos
uniformemente distribuídos no vão da PCF, sendo necessárias condições estáveis
de vento e com o edifício vazio;

c. o número de PCF abertas durante a realização das
medi- ções deve seguir o estabelecido no Anexo B desta IT.

ANEXO A

voltar

Tabela 1: Níveis de pressurização

VALORES DE DIFERENCIAL DE PRESSÃO (Pa)

SISTEMA DE 1 ESTÁGIO

SISTEMA DE 2 ESTÁGIOS

50

1° ESTÁGIO

2° ESTÁGIO

15

50

Observações:

1)Pa = Pascal, sendo que 10 Pa equivalem a 1,0 mmH2O;

2) Quando pavimentos subterrâneos necessitem ser pressurizados, o projeto
deve ser submetido à avaliação em ComissãoTécnica.

 

Tabela 2: Áreas típicas de escape para quatro tipos de PCF

TIPO DE PCF

TAMANHO

(m)

Área de escape

PCF aberta

(m²)

Área de escape

PCF fechada

(m²)

PCF simples, bastante rebaixado dando ACESSO ao
espaço pressurizado

2,10 x 0,89

1,64

0,03

PCF simples, bastante rebaixado permitindo a SAÍDA
do espaço pressurizado

2,10 x 0,89

1,64

0,04

PCF dupla com ou sem rebaixo central dando Acesso

2,10 x 0,89

3,28

0,045

PCF dupla com ou sem rebaixo central permitindo
SAÍDA

2,10 x 0,89 (cada)

3,28

0,06

Observação:

Nos demais tipos de PCF, PCF duplas, portas de elevadores, suas dimensões
devem ser verificadas junto aos fabricantes.

ANEXO B

voltar

Resumo de exigências para os diversos tipos de edificações com sistemas
de pressurização

G

R

U

P

O

OCUPAÇÃO/USO (4)

CRITÉRIO DE ALTURA (7) (6)

NÚMERO DE PCF CONSIDERADAS ABERTAS (8) (9)

PREVER GRUPO MOTOGERADOR AUTOMATIZADO (Autonomia
de 4 h)

PREVER DUPLOCATA DO GRUPO MOTO VENTILADOR

LOCAIS A SEREM SUPERVISIONADOS PELO SISTEMA
DE DETECÇÃO AUTOMÁTICA DE FUMACA (1)

A

Residencial (2) (3)

Até 80 m

1

NÃO

(Exceto Convento)

NÃO

a) no hall comum ou privativo de acesso à saída de emergência
pressurizada;b) em todos os corredores de circulação, em áreas comuns, utilizados
como rota de fuga para acesso à saída de emergência pressurizada;c) em todos os corredores de circulação privativos, quando o
acesso à saída de emergência pressurizada atender diretamente as
áreas privativas;

d) em todos os ambientes com acesso direto à saída de emergência
pressurizada;

e) no compartimento destinado ao conjunto motoventilador (laço
exclusivo e independente ou similar);

f) no compartimento destinado ao grupo motogerador, quando este
atender ao sistema de pressurização de escadas;

g) nos acessos à antecâmara de segurança do compartimento destinado
ao conjunto motoventilador, quando este estiver localizado em pavimento
subsolo.

Acima de 80 m

2

SIM

SIM

B

Serviço de Hospedagem

Até 30 m

2

SIM

SIM

Acima de 30 m

2

SIM

SIM

C

Comercial

Até 12 m

2

SIM

SIM

Acima de 12 m

2

SIM

SIM

D

Serviço profissional (2)

Até 21 m (5)

1

NÃO

(Apav < 750 m²)

NÃO

(ATÉ 60 m)

Acima de 21 m

2

SIM

SIM

(a partir de 60 m)

E

Educacional e cultura física (2)

Até 30 m

2

NÃO

NÃO

Acima de 30 m

2

SIM

SIM

F

Local de Reunião de Público

Até 12 m

2

SIM

SIM

Acima de 12 m

2

SIM

SIM

G

Serviço automotivo

Até 12 m

2

SIM

SIM

Acima de 12 m

2

SIM

SIM

H

Serviço de saúde e institucional

Até 12 m

2

SIM

SIM

Acima de 12 m

2

SIM

SIM

I

Indústria

Até 12 m

2

SIM

SIM

Acima de 12 m

2

SIM

SIM

J

Depósito

Até 12 m

2

SIM

SIM

Acima de 12 m

2

SIM

SIM

L

Explosivos

Até 12 m

2

SIM

SIM

Acima de 12 m

2

SIM

SIM

M

Espcial

Até 12 m

2

SIM

SIM

Acima de 12 m

2

SIM

SIM

Notas:

(1) A exigência de sistema de detecção de fumaça para o sistema de pressurização
não isenta a edificação das demais exigências previstas no Decreto Estadual
nº 56.819/11.

(2) Conforme item 5.3.1. letra c: “Nos edifícios residenciais com até 80
m de altura e escritórios com até 60 m de altura e nos edifícios escolares com
até 30 m de altura, é permitido o uso de somente um ventilador com um motor.
De forma substitutiva, podem ser utilizados 2 grupos motoventiladores, sendo
que cada grupo deve, no mínimo, garantir 50% da vazão total do sistema e 100%
da pressão total requerida, para atuarem especificamente no estágio de emergência,
e em conjunto”.

(3) Em edificações com altura superior a 12 m, do tipo Convento, é exigido
grupo motogerador automatizado.

(4) Quando o subsolo necessitar de proteção por escada à prova de fumaça,
conforme IT 11/11, esta poderá alternativamente ser dotada de sistema de pressurização.

(5) Edificações isentas de uso do grupo motogerador desde que a área de cada
pavimento seja inferior a 750 m².

(6) Somente é exigido “antecâmara de segurança” nos acessos à escada pressurizada,
de acordo com item 5.1.6.8 desta IT, para edificações residenciais com altura
igual ou superior a 120 m e demais ocupações com altura igual ou superior a
90 m.

7) Quando a edificação for dotada de elevador de emergência, seus acessos
devem ser protegidos por antecâmara de segurança, conforme descrito no item
5.1.6.7. desta IT, em todos os pavimentos, inclusive para os pavimentos situados
abaixo do piso de descarga; essa antecâmara pode ser dispensada apenas no nível
térreo (piso de descarga) quando este não estiver em local de risco de incêndio,
ou seja, esse pavimento seja destinado única e exclusivamente a hall de recepção
ou, caso possua loja ou dependências com carga incêndio, estas devem possuir
compartimentação em relação à esse hall.

(8) Caso o edifício possua local de reunião de público, adotar o item 5.1.6.4.
letra (f) desta IT.

(9) Foi considerado que o acesso do pavimento para a escada se dá apenas
por uma PCF; se o pavimento tiver acesso por duas ou mais PCFs, o cálculo será
pelo nº total de PCFs de acesso multiplicado pelo nº de pavimentos do cálculo

(10) A previsão de detecção automática de fumaça nos locais descritos no
item I acima não isenta a edificação da instalação desse mesmo sistema em outros
locais que porventura sejam exigidos pelo Regulamento de segurança contra incêndio
das edificações e áreas de risco no Estado de São Paulo.

(11) Toda edificação com altura superior a 150 m deve obrigatoriamente ser
analisada por meio de Comissão Técnica.

ANEXO C

voltar

Condições para instalação de casa de máquinas de pressurização no pavimento
de cobertura

Condições para instalação de casa de máquinas de pressurização no pavimento de cobertura

ANEXO D

voltar

Condições para não se revestir os dutos metálicos de sucção e/ou pressurização

Condições para não se revestir os dutos metálicos de sucção e/ou pressurização

ANEXO E

voltar

Esquema geral do sistema de pressurização (com duto no interior da escada)

Esquema geral do sistema de pressurização (com duto no interior da escada)

ANEXO F

voltar

Modelo de cálculo de vazão do sistema de pressurização de escada

I – Parâmetros para os cálculos de vazão de ar

1) Quantidade de pavimentos com comunicação com a escada pressurizada: 18

2) Quantidade total de portas corta-fogo (PCF) de ingresso à escada de segurança:
N = 17 portas simples

3) Quantidade total de PCF de saída da escada de segurança: N = 01 porta
simples

4) Quantidade de PCF abertas a serem consideradas no cálculo para a situação
de emergência (incêndio): N Anexo B – Edifício de serviços profissionais) =
02 (conforme

5) Área de vazamento por meio de frestas das portas corta-fogo (PCF) que
comunicam a escada pressurizada com os diversos pavimentos adotando PCF simples
e batentes rebaixados. Conforme Tabela 2 do Anexo A:

a. 0.03 m2 – porta de acesso ao espaço pressurizado

b. 0.04 m2 – porta de saída do espaço pressurizado

6) Área de passagem de ar por meio do vão de luz de uma porta corta-fogo
aberta, em caso de situação de incêndio – adotar PCF simples: 1,64 m2 (conforme
Tabela 1 do Anexo A)

7) Fator de segurança adotados:

a. 15% para vazamentos em dutos metálicos;

b. 25% para vazamentos não identificados.

8) Velocidade mínima de ar pressurizado escapando através de uma porta aberta:
V = 1 m/s

II – Cálculo do suprimento de ar necessário para se obter o diferencial
de pressão entre a escada e os ambientes

1) Condições consideradas:

a. situação de emergência (incêndio);

b. todas as PCF da escada pressurizada fechadas;

c. diferencial de pressão entre o espaço pressurizado e os ambientes contíguos
igual a 50 Pa.

2) Cálculo das áreas de restrição – escape de ar através de frestas das portas
– (A):

a. dados:

Npi = 17, área de fresta de 0,03 m² para PCF de ingresso

Np = 01; área de festas de 0,04 m² para PCF de saída

b. cálculo da área de escape de ar por meio das frestas das PCF de ingresso
ao espaço pressurizado (Api).

Api = 17 x 0,03 m²

Api = 0,51 m²

c. cálculo da área de escape de ar por meio das frestas das PCF de saída do espaço pressurizado
(Ap).

Ap = 01 x 0,04 m²

Ap = 0,04 m²

d. cálculo da área total de restrição (A):

A = Api + p = 0,51 m² + 0,04 m²

A = 0,55 m²

3) Cálculo do fluxo de ar necessário para o sistema de pressurização considerando
as PCF fechadas – (Qf) Cálculo de Qft:

Cálculo de Qft:

Qf = 0,827 x A X (P) (1/N)              (Equação
1)

sendo:

A = área de restrição = 0,55 m²

P = diferencial de pressão = 50 (Pa) (conforme Anexo
A da IT)

N = índice numérico = 2

Portanto, Qft = 0,827 x 0,55 x (50) 1/2

Qf = 3,22 m³/s

III – Cálculo do suprimento de ar necessário para a condição de portas
abertas

1) Condições consideradas:

a. área de passagem de ar por meio do vão de luz de uma porta corta-fogo
aberta:

Avl = 1,64 m²;

b. quantidade de PCF abertas a serem consideradas no cálculo para a situação
de emergência (incêndio):

Npa = 02 (sendo 1 de ingresso e 1 de saída)

c. área de passagem de ar por meio das frestas de uma porta corta-fogo fechada:

A pf = 0,03 m²  (portas de ingresso)

d. quantidade de PCF fechadas a serem consideradas no cálculo:

Npf = 16

e. velocidade mínima de ar pressurizado escapando através de uma porta aberta:

Vpa (min) = 1 m/s

2) Cálculo da área aberta considerando as portas abertas mais as frestas
das PCF consideradas fechadas:

Apa = Avl x Npa + pf x N pf

Apa = 1,64 m² x 02 + 0,03 x 16

Apa = 3,76 m²

3) Cálculo da vazão de ar através da área aberta (Qa):

Qat = Apa x pa

Qa = 3,76 m² z 1,0 m/s

Qa = 3,76 m³/s

IV – Cálculo de vazão de ar considerando o incremento dos valores referenciais
de vazamentos em dutos e vazamentos não identificados

1) Condições:

a. fator de segurança quanto ao tipo de duto: dutos metálicos: 15%

b. fator de segurança para vazamentos não identificados: 25%

2) aplicação das condições previstas na Equação 4:

Qft < Q at’ então Qt = Qa

Qt = 3,75 m³/s

3) Cálculo da vazão de ar para pressurização com acréscimo dos fatores de
segurança:

Qts = Q x 1,4       [Equação
5 a) item 5.1.6.6]

T

Qts = 3,76 x 1,4

Qts = 5,26 m³/s