Hoje em dia, as indústrias de petróleo e de produtos químicos produzem uma grande quantidade de produtos ou materiais perigosos que são transportados em milhares de rodovias pelo Brasil e em outros países. Neste artigo iremos mostrar algumas dicas para transportar produtos ou materiais perigosos com segurança.
Há muitos riscos envolvidos quando é realizado o transporte de produtos ou materiais perigosos, alguns dos riscos vão desde um incêndio, vazamento do produto, e até um mais grave: uma explosão. O principal meio de transporte usado para transportar produtos ou materiais perigosos é por caminhões e é sem dúvidas um dos mais perigosos.
No decorrer do transporte desses produtos ou materiais, podem ocorrer várias situações que o tornam ainda mais PERIGOSO. Por isso, o transporte desses produtos ou materiais deve ser levado a sério; desde quando o produto é colocado no caminhão até as rodovias que serão usadas para transportar os produtos ou materiais perigosos.
Classe de Risco e número ONU
Os produtos ou produtos ou materiais perigosos são alocados às Classes de Risco apresentadas na imagem abaixo, para fins de transporte. Também, são apresentados os respectivos Rótulos de Risco.
Ao ser alocado a determinada Classe de Risco, o produto perigoso também recebe um número ONU, que o identifica internacionalmente. Por exemplo:
GASOLINA – n º. ONU 1203
GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) – nº. ONU 1075 |
Sinalizações usadas no transporte
A sinalização das unidades de transporte é feita, basicamente, por meio da utilização de rótulos de risco e painéis de segurança.
Rótulos de Risco – Afixados na unidade de transporte para indicar o risco apresentado pelo produto perigoso transportado.
Painéis de Segurança – Afixados na unidade de transporte para indicar o número de risco e o número ONU do produto perigoso transportado, conforme a figura a seguir.
Objetivos dos Rótulos de Risco e dos Painéis de Segurança
Os Rótulos de Risco são fundamentais para informar ao transportador e ao pessoal envolvido nas operações de carregamento e de descarregamento sobre os produtos perigosos.
Durante a armazenagem nos pátios e locais adequados, evidenciam os riscos dos produtos aumentando a cautela.
Em acidente com espalhamento da carga, alertam sobre o conteúdo perigoso contido nos volumes e embalagens.
Os Rótulos de Risco e os Painéis de Segurança possibilitam, para os agentes fiscalizadores e para a sociedade, a identificação imediata e eficiente de uma unidade de transporte carregada com produtos perigosos.
Possibilitam também eficiente atendimento a emergências, em caso de acidente, pelas equipes especializadas, que identificam rapidamente e à distância tanto os riscos quanto o produto envolvido.
Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos – GHS
No âmbito da Organização das Nações Unidas – ONU, foi publicada em 2003 a primeira edição do GHS – Globally Harmonized System of Classification and Labelling of Chemicals (Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos), Purple Book , sob a premissa de que devem ser harmonizados os sistemas existentes, que regem a classificação de substâncias químicas, seus rótulos e fichas de dados de segurança.
Consciente da importância e da complexidade da implantação desse sistema, em cada Estado Parte do Mercosul, estão sendo promovidas ações voltadas à sua implementação.
Objetivos do GHS
Harmonização dos critérios de classificação dos produtos químicos para facilitar a importação e exportação e também para agregar confiabilidade aos dados declarados pelas empresas;
Harmonização dos dados constantes na FISPQ – Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos;
Fornecimento de informações sobre perigos dos produtos a todos os envolvidos na utilização dos mesmos. Engloba desde trabalhadores industriais até pesquisadores, técnicos de laboratórios e consumidores domésticos.
Fornecimento de informações sobre os danos à saúde humana e ao meio ambiente devido à utilização dos produtos.
Harmonização em nível global dos pictogramas a serem utilizados nas embalagens destinadas ao consumidor final para a identificação rápida do perigo associado ao produto.
Como atuar em caso de acidente rodoviário
Em caso de sinistralidade (IRPP), o atendimento rodoviário urgente a veículos com produtos perigosos, deve-se efectuar com base em oito etapas operacionais (Real et al., 2000, p. 5-6):
- Primeiras medidas de segurança;
- Identificação do cenário;
- Identificação do incidente;
- Avaliação dos riscos;
- Avaliação de recursos;
- Ação de urgência;
- Redução do dano;
- Restauração do tráfego.
Primeiras medidas de segurança
Preservação da sua segurança
Isolamento do local
Sinalização rodoviária de emergência
Identificação do cenário
Ações defensivas
Identificação dos riscos
Definir se foi acidente ou incidente (se foi de origem humana ou em outro fator externo a essa causa)
Comunicação ao Centro de Operação Rodoviário
Proceder ao bloqueio do trânsito automóvel
Solicitação de apoio
Identificação do incidente
Identificação do produto
Avaliação do porte do incidente
Isolamento da área
Solicitação de apoio
Avaliação dos riscos
Estado da via
Condições meteorológicas presentes
Quais os riscos para o ser humano
Quais os riscos para o ambiente
Quais os riscos para o patrimônio
Avaliação dos recursos
Capacidade e limitação dos recursos disponíveis
Disponibilidade
Solicitação de especialistas
Ações de urgência
Abordagem do acontecimento
Reavaliação dos riscos
Resgate de vitimas
Combate ao incidente
Redução do dano
Contenção de vazamentos
Remoção de material
Limpeza da via
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transporte_de_produtos_perigosos
www.antt.gov.br/html/objects/_downloadblob.php?cod_blob=5007